domingo, 26 de agosto de 2012

Pintura em muro / Nely e Nélia



UAB – UnB
Curso: Artes Visuais
Disciplina: História das Artes Visuais
Aluna: Nely Maria Pereira Andrade
Tutora: Ana Schramm
Tarefa 3: Sebastião Salgado

Biografia:
   Sebastião Ribeiro Salgado, respeitado fotojornalista, nascido no dia oito de fevereiro, no ano de 1944 na cidade de Aimorés, Estado de Minas Gerais, casado com Lélia Wanick Salgado. Foi reconhecido pelo seu estilo único de fotografar. Formou-se em economia, porém, após usar a câmera fotográfica da esposa acabou se interessando pela arte de fotografar. Conseguiu entrar na Agência Fotográfica Magnum em 1979. Foi o único repórter fotógrafo que conseguiu documentar o atentado a tiro cometido por John Hinckley Júnior e com a venda dessas fotos conseguiu realizar o sonho de viajar para a África, onde desenvolveu matérias fotográficas representando a miséria e história de vida daquele povo. Foi nomeado como representante especial da UNICEF. Recebeu vários prêmios e homenagens na Europa. Publicou o seu primeiro livro, Outras Américas, em 1986. Durante os anos de 1993 a 1995, dedicou-se ao fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas. Esse magnífico trabalho despertou nele o sentimento de que a raça humana é somente uma. Desejava que suas exposições fossem marcantes de tal forma que fizesse diferença na atitude de quem a visitasse. Foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os prêmios de fotografias. Fundou em 1944 a sua própria agência de notícias.
 Atualmente, vive em Paris com a esposa e dois filhos.








UAB – UnB
Curso: Artes Visuais
Disciplina: História das Artes Visuais
Aluna: Nely Maria Pereira Andrade
Tutora: Ana Schramm
Tarefa 3: Sebastião Salgado
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4avcjYfHbYblyKndD0MDM8mCxJPVv72zcYwnqR_3etko5P2cx-q6w8JUVHSwKQI2FD4wcUT37OKwqZBWm6GMVikEiF9ZNXdcVDI-Rbj3S8Lqtn_GU6p3qOsyR9z1E9or39Mgy7Ab2TWM/s640/04.jpg








     A fotografia em destaque retrata a imagem de uma criança africana visivelmente faminta e um adulto de posse do alimento que passa indiferente diante dela. Os ossos salientes, os olhos piedosos, as vestes precárias e a posição que se encontra a criança, refletem a pobreza e a fome. O adulto com vestes muito brancas e limpas, pés calçados, munido de um saco contendo uma boa porção de arroz demonstra as melhores condições de vida e ao mesmo tempo, o descaso e o individualismo. O chão árido, a cerca de vegetal muito seco apresenta a escassez de alimentos na região. A foto faz parte da coleção da pesquisa realizada na África, pelo fotojornalista mineiro, Sebastião Salgado.
  Observei atentamente todo o acervo disponível do fotógrafo e me deparei com a foto acima, exposta bem no princípio da coleção. Apesar de sentir o impacto instantaneamente, ainda forcei-me a observar atentamente todo o acervo. Enquanto observava as demais fotos, voltava-me a imagem da referida foto da criança e do adulto.
  Optei-me em descrevê-la e analisá-la. Pensei na quantidade de crianças que passam fome na África. Olhei para o meu filho que escolhe ousadamente a comida que come e ainda reclama diante da fartura e pensei na mãe dessa criança. Como deve ser terrível ver um filho sofrer a fome até a morte e não ter condições de fazer nada que mude a realidade! Olho pra essa criança e agradeço a Deus por poder dar o melhor para o meu filho. Percebo que o fotógrafo foi feliz na intenção  fazer diferença na vida daqueles que visitassem as suas exposições. É um momento de reflexão onde entendemos que enquanto vivemos confortavelmente até desperdiçamos o alimento há milhões de pessoas, humanas como nós morrendo de fome, desejando o mínimo para a sobrevivência. O meu primeiro olhar para o adulto de vestes brancas que passa indiferente diante da criança foi de revolta. Seria ele um homem rico? Um representante político? Um religioso? Por que as vestes tão brancas? Enquanto questionava essas questões olhei pra mim mesma e pensei: Que diferença tem eu desse homem? Há quanto tempo leio e vejo a situação da África e nunca pensei em ajudar? Bastava-me descobrir um número de conta e contribuir. Não iria salvar o mundo, mas estaria fazendo a minha parte. Aquele saco de arroz não seria suficiente para matar a fome de todas as crianças, por isso, o homem passou direto. Quem sabe ele não estaria levando aquele arroz para a própria família?
  A diferença entre o belo e o bonito está estampada na fotografia. As sensações que a foto nos provoca a ponto de levar-nos a questionamentos faz com que a mesma seja considerada uma bela fotografia, apesar de não oferecer nada que seja bonito aos nossos olhos.














Bibliografia:
www.wikipédia.com
www.google.com ( imagens )
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